Meus primeiros bordados




Esses são meus primeiros bordados. Quer dizer, bordados completos, pensados, com um conjunto de pontos. Os demais foram testes. 

Esses foram bordados que me encucavam: será que é a melhor cor? Quantos fios devo usar? Vish, ficou muito grande esse ponto.

Enfim. Não queria errar nesses quadrinhos.

A menina nua era para ser eu na minha casa nova. Mas ela ficou magra demais e continuo na mesma casa. Gosto dela, mesmo assim. 

As abelhinhas, não se engane, dão muito trabalho. Poucos pontos para muitas cores diferentes.

A mulher é para minha mãe. Um presente com uma crítica: na cabeça dela só tem flor e deixa passar algumas coisas importantes.

Acho que eu não devia dar um presente com tanta angústia, não é?

Mas gostei da assimetria dos galinhos, da maturidade do rosto, acho que parece uma moeda. Ficou de muito bom gosto.

Minha psico disse que bordar também é um ato que lembra a escrita. E ela tem razão: cada ponto parece uma letrinha de um texto.

E partindo de mim, é óbvio que haverá um subtexto.


Quem tiver olhos que leia. 







Marcelo me filmou duas vezes bordando, sem eu perceber. Eu me amei.


Aqui eu bordava uma folha de costela de adão para entender como ficaria. Achei lindo, o tipo de figura de capa de almofada de área externa. Chique. Nos ouvidos um podcast, talvez Praia dos Ossos.



Aqui eu estava bordando a menina com o seio de fora enquanto Marcelo assistia o torneio de tênis de Wimbledon.




#bordado

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