Viagem a SP em 2022

A viagem a São Paulo foi um sabático de 20 dias.


Tirei minha licença prêmio (30 dos 90 dias), que somada às férias regulares (divididas em três de dez dias) dentro do primeiro semestre de 2022, me fizeram esquecer de como é trabalhar.


A vigem ficará marcada pelos shows de comédia que assistimos e alguns museus que visitamos. Além disso foi marcada por muito ócio. 


Minha ansiedade de fazer coisas e aproveitar o tempo me consumiu em alguns momentos (principalmente os primeiros dias). Depois, aquele pequeno studio (o que é um pleonasmo), foi mais percebido como casa do que como hospedagem.


Não passamos em Comodoro para visitar os pais do Marcelo na volta, porque ficaríamos cansados.

Não fomos à praia pois pegamos uma frente fria (que ficou ainda mais fria quando saímos de SP).


Ao todo, foram três fins de semana de viagem, mas em um deles fui para João Pessoa/PB fazer prova de Defensor Público. Foi uma adorável surpresa acertar 67 questões depois de várias semanas sem estudar (ressaca da prova de Sergipe), mas ainda dez abaixo do corte. Assim, fui motivada para Fortaleza/CE! Mas levei outro atropelamento. Enfim, essa última viagem valeu pela companhia, parecia uma viagem entre amigos (fomos eu, Wemerson e conheci Samilla e Andressa, que fizeram faculdade com o Marcelo).


O voo para PB era da LATAM. Um ônibus voador com direito a gato miando por três horas. Não havia carregador de celular, nem TV. Sentei ao lado de um senhor de calça jeans, gola polo e tênis novo. Ele não era magro nem gordo, tinha a pele branca (não branquíssima) queimada do sol, e filmou a chegada no aeroporto. Fiquei me perguntando quem gostaria de ver um vídeo de um minuto e meio do avião em solo freando aos poucos na pista de pouso, numa paisagem horizontal. Acho que ele perdeu o timing de gravar a descida. Enfim, ele me lembrou muito meu padrasto. E aí me perguntei: caso meu padrasto ainda fosse meu padrasto, será que eu o convidaria para vir comigo na Paraíba fazer a prova e depois passaríamos na família dele? Tenho uns pensamentos sobre as vidas que não vivi e essa é uma delas.

Engraçado que quando eu já estava em SP, pós PB, minha mãe mandou mensagem com crises existenciais: A primeira era Sofia querendo uma vida religiosa (ela não fez catequese, muito menos primeira comunhão, por isso não pode comungar na escola católica em que estuda). A segunda era por se sentir sozinha, e nesse aspecto culpa o Claudio por tê-la deixado. De quebra, culpa o Claudio por conta da Sofia não ter religião também, porque deixou de ter contato com a filha e a minha mãe saiu da Igreja Católica, encontrou o ombro de que precisava na igreja batista neopetencostal do avivamento.


Em SP também visitamos tia Rosalba (irmã da vó Valéria), saímos rolando e com marmitinhas de lá. Ela nos contou que não tem sinal nenhum de Alzheimer, vendeu um apartamento em SP que se transformou em um apartamento no mesmo prédio (na Frei Caneca), uma casa em Peruíbe e outro apartamento em SP. Que a neta adotou dois gêmeos de dois anos que agora estão com cinco e nos contou de como foi o processo de adoção e de como, para a própria surpresa, passou a gostar das crianças tal como se fossem biológicas.

Tia Rosalba me contou de alguns dos próprios netos, o que me deu uma pontinha de inveja: eu poderia ter uma história semelhante se meu pai tivesse me proporcionado. Mas esse é mais um protótipo das vidas que não vivi (porque é como se eu quisesse viver todas ao mesmo tempo).


Depois de 15 dias, Marcelo queria comer rúcula e teve desconfortos abdominais por dias. Fiquei assim também depois do Ceará. 

E o voltar para casa me trouxe dúvidas a respeito do trabalho, que eu já disse: não estava mais acostumada a fazer (somam-se os 60 dias de férias, ao recesso e 8 dias de atestado médico por conta do silicone em dezembro passado).

Voltamos com vontade de mudar de casa, mas o inquilino da minha mãe não sai de lá. 

Estamos mais engajados a trocar de carro. Mas ele custa 100K! Vamos comprar, mas sem um pingo de vontade pagar esse preço (o que é um sentimento generalizado para qualquer consumo, certo?).

Já visitamos a filhinha do Evair da Ivoneti. Já fizemos a festinha de aniversário de 84 anos da vó Rosa. Já arrumei “a casa” na Defensoria. Acho que estou com FOMO, “fear of missing out”, achando que o mundo não deixa eu concretizar meus planos. Mas que planos, exatamente?!


Enfim, acho que preciso de outra viagem de vinte dias.



VIAJAMOS SÓ DE MOCILHAS. MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS FORAM NOS LEVAR. ERA NA SEMANA DO FEIRADO DE TIRADENTES, E FELIPE ESTAVA POR AQUI.








NO PRIMEIRO FIM DE SEMANA FOMOS NUM PARQUE, NA FRENTE DO MASP. UM REFÚGIO NA CIDADE.



FOMOS A BARES NA AGUSTA, E REGIÃO. COMEMOS FALÁFELS RUINS.





NOSSO STUDIO ERA COMPLETAMENTE MORÁVEL, NÃO FOSSE A VISTA PARA UM PRÉDIO FEIO. LEMBRETE PARA PRÓXIMAS RESERVAS: VEJA SE TEM FOTO DA VISTA. SE NÃO TIVER, É PORQUE É HORRÍVEL! LEMBRANDO QUE FICAMOS NA AVENIDA PAIM, NO BELA VISTA/SP.



EU DESCOBRI QUE POSSO BORDAR UM VOLPI. RESTA SABER: EM PONTO CHEIO OU PONTO HASTE?


PEDI QUE MARCELO TIRASSE FOTO MINHAS, DE CORPO INTEIRO, NA FRENTE DE PLANTAS. ELE NÃO QUERIA. MAS EU QUERIA PODER ME LEMBRAR DE COMO EU ERA AOS 27 ANOS.




FOMOS A SHOWS DE COMÉDIA E DRAG QUEEN (A VENCEDEORA FEZ LIP SYC DE "Tarde Demais" do Raça Negra), E USEI MEU LENÇO, HERANÇA DE VÓ VALÉRIA.



NOSSA VIAGEM A SP ACONTECEU EM 2022. CEM ANOS DEPOIS DA SEMANA DE 1922!
ESSA É A TARSILA. AS ROUPAS NOVAS FORAM COMPRADAS NA PARAÍBA. FIQUEI UMAS 10 HORAS NO SHOPPING, VENDO ALCEU VALENÇA NO TELÃO E EXPERIMENTANDO JEANS. 


APARENTEMENTE EU SOU UMA ATIVISTA INDÍGENA SILENCIOSA. "AO DEMARCAR TERRAS INDÍGENAS, PRESERVAMOS AS FLORESTAS, ISTO PORQUE, OS INDÍGENAS, COM SUA CULTURA MILENAR, EXPLORAM O SOLO DE MANEIRA MAIS GENTIL". FALÁCIA? NÃO SEI, MAS CERTAMENTE O GARIMPO ILEGAL DREGRADA. 

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TIA ROSALBA DISSE QUE NÃO FICA BEM NAS FOTOS. TALVEZ NÃO TENHAMOS NOS EMPENHADO MUITO. MAS QUERO REGISTRAR: ELA É UMA SENHORA COMPLETAMENTE BONITA E SIMPÁTICA. MAIS BONITA AINDA DO QUE VÓ VALÉRIA ERA.




PORTINARI E EU NASCEMOS NO MESMÍSSIMO DIA!



REVER OS RETIRANTES E CRIANÇA MORTA DO PORTINARI É SEMPRE UM PRAZER. SÃO GIGANTES DE QUASE DOIS METROS DE ALTURA.



A VÊNUS SE PARECE COMIGO NUA. EXCETO PELO MEU SILICONE.




ESSE QUADRO RETRATA CANUDOS. E TEM TUDO PARA SER CONSIDERADO FEIO SE NÃO FOR ANALISADO COM CALMA. 



ESSE É DO MESMO ARTISTA E FALA SOBRE O ÓLEO DO GARIMPO ILEGAL POLUINDO AS ÁGUAS. VOCÊ ACHA UMA MERDA O QUADRO? IMAGINA O RIO.



PIANO BAR NO CLUBE DO MINHOCA. CHEGAMOS MAIS TARDE NESSE DIA. FOMOS DE ÚLTIMA HORA PORQUE PASSEAMOS NA PAULISTA NO CARNAVAL FORA DE ÉPOCA. PARAMOS NUMA PRAÇA E VIMOS TODOS OS TIPOS DE CACHORRO (COM O MESMO TIPO DE GENTE) BUSCANDO BOLINHAS POR AÍ. O INGRESSO CONTEMPLAVA UM SADUÍCHE DE FALÁFEL. ESSE SIM, UMA DELÍCIA.

O CASALZINHO DE IRMÃOS ERA ESTRANGEIRO (DE LÍNGUA ESPANHOLA) QUE ANDAVAM NUMA MOTINHA COM ASSENTO COM ENCOSTO PARA A MENINA. DEU VONTADE DE SER ESTRANGEIRO DE NOVO.





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