VÓ VALÉRIA - BENS A INVENTARIAR

Vó Valéria morreu em novembro/2020 e em menos de um ano já dividiram seus bens. Meu pai ficou um terreno por aqui, o pessoal de São Paulo com uns imóveis por lá. Os livros dela já deviam ter ido pro sebo muito tempo antes. Tia Mayra já havia trazido alguns móveis para casa dela (que era a nova casa da Vó Valéria também), eu os reconheci certa vez. Não me ofereceram nenhum brinquinho ou anelzinho das antigas, o colar de swarovski nem se fala.

Queria saber se vó Valéria teria uma caixa de cartas antigas, gostaria muito de reaver aquelas que enviei. E toparia fuçar nos escritos vindos de outras pessoas também (embora a atitude seja de moralidade duvidosa).

Como será que dividiram os copos e a prataria? Ou ficaram no apartamento pois já eram usados por minha prima, ou tiveram o mesmo fim dos livros: não havia o que se preocupar no pós-morte, pois já tinham ido embora tempos antes.

Depois de alguns meses sem pensar longamente na vó Valéria, aconteceu numa ida a Goiânia. No shopping havia uma feira de produtos peruanos, indianos e turcos. Entre tecidos e louças havia objetos de madeira e pedra. Dentre estes, variadas espécies de corujinhas. Me lembrei que vó Valéria tinha um pequeno zoo delas. Constaram nos bens a inventariar?

Nesta minha nova fase de “não darei mais presentes, só lembrancinhas”, pensei que poderia ter dado uma corujinha para vó Valéria, mas nunca dei. Nem se quer desenhei. Só dei brincos e panos, nada duradouro como uma peça poeirenta de decoração que a faria lembrar de mim diariamente.

Apesar de tudo, foi uma boa lembrança.


Obs: a ida a GO foi para fazer a prova da Dpe GO. 58 acertos.












#vóValéria

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