Qual é melhor momento de um livro?



Abstratamente pensando, seja qual for o gênero literário, qual é o melhor momento de um livro? Seria quando a gente descobre quem é o assassino? Ou quando nos é entregue o segredo que pode desmoronar as estruturas? Quando o personagem tira a máscara? Ou quando o personagem se dá conta de quem esteve o tempo todo com ele não era real?

Não, o melhor momento é quando a gente descobre o título do livro. Geralmente entregue numa conversa trivial e quase como um susto, surge o nome do livro, e um aviso: a história tem uma camada a mais que você nem percebeu. Volte ao início e reveja o que perdeu.

Gosto muito de títulos. Gabriel García Marques é ótimo com os dele, embora eu só tenha lido “Crônica de uma morte anunciada” até o momento. Para quem não sabe, conta a história de uma morte que foi anunciada aos quatro cantos. Bom também, que está na minha lista, é “Ninguém escreve ao coronel”. Conta a história de um coronel que espera sua carta de aposentadoria, mas ninguém escreve ao coronel.

Como figura ilustrativa trouxe o livro que estou lendo agora: “Aqui estou” de Jonathan Safran Foer, que entrou recentemente para o kindle unlimited, e custa caro como livro físico. Uma história sobre cotidiano, que demorou 200 páginas para me contar o motivo do título, que não parece ser aquele da sinopse. Foi uma boa surpresa.


#Livros

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