Dona Rosa caiu hoje



 
Dona Rosa caiu hoje. Durante a viagem da minha mãe para visitar meu irmão em Goiás, sou eu quem dá uma conferida nos velhos. Durante a semana fui às 7:30h, hoje, um sábado, me atrasei, fui às 8h. Mas ela caiu na cozinha às 7h. Ficou esperando uma hora no chão frio de um dia mais frio ainda. Ao contar-nos, disse que, pelo menos, havia feito o café e passado margarina no pão. Assim meu vô Catonho alcançou o pão e a xícara e ela fez o desjejum ali mesmo.


Tentei levantá-la por minha conta, ela sentiu dores nos braços e percebi que ela é pesada demais. Até minha vó Valéria, magrinha, era pesada demais. É como na água que a gente é bem leve quando está tudo bem, mas pesa o infinito quando está se afogando.


Tentei chamar a vizinha, ela não estava em casa. Chamei Edineia. Veio rápido, nem pôs o chinelo, como percebi só depois. A notícia assusta.


Veio também d. Acelina, mãe da Edineia, que tem cerca de 70 e disse que não sofre quedas. Nós três suspendemos minha vó e ela se apoiou nas bocas do fogão, depois sentou-se na cadeira. Conversamos um pouco, eu facilmente choraria.


Não chorei até agora, as dores não são minhas.


Minha vó se dirigiu à sala, antes repetiu o remédio das 4h da manhã, excepcionalmente tomado porque estava frio, e “o frio ataca as juntas”.


Minha vó caiu porque estamos numa frente fria, então ela não pode andar descalça, mas o chinelo machuca o osso do dedo “indicador” do pé direito. Pé torto e com joanete porque depois da cirurgia do lado esquerdo da pelve, essa perna ficou mais curta. 

Enfim, minha vó caiu porque o vento soprou um pouco mais forte hoje. Eu suspirei mais forte também.



#vóRosa #avós

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